segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Você sabe o que é Apadrinhamento Afetivo???

Olá Amigos!!!

Vocês já ouviram falar em Apadrinhamento Afetivo??? Trouxe uma matéria públicada no dia 06.11.2009, no Jornal do Comércio do RS sobre o tema onde explica tudinho como funciona.

O Projeto Aconchego aqui de Brasília também promove o Apadrinhamento Afetivo, e se eu não me engano, foi baseado neste projeto do Instituto Amigos de Lucas no RS.

Para saber mais como funciona o Apadrinhamento Afetivo aqui em Brasília clique aqui.

Agora vamos a matéria para vocês entenderem direitinho o que é o Apadrinhamento Afetivo!!!!

apadrinhamento

A vida à espera da adoção: Um alento para os esquecidos

Apadrinhamento serve como referência fora do abrigo

Por: Juliano Tatsch

Um dos principais problemas enfrentados por quem dedica a vida a fazer com que crianças e adolescentes que foram, por motivos diversos, privados da convivência familiar está em o quê fazer com os jovens que não vislumbram mais a possibilidade de serem adotados, por terem uma idade mais avançada, por não poderem ser separados de seus irmãos ou por outras causas, mas que, nem por isso, deixam de querer e de merecer o carinho e a atenção que não lhes foram dados.

Foi para atender a esse grande grupo quase esquecido que o Instituto Amigos de Lucas (IAL) criou o programa de apadrinhamento afetivo. O programa visa a propiciar experiências e referências afetivas, tanto familiares quanto comunitárias, a crianças e adolescentes em medida de proteção de abrigamento no Rio Grande do Sul, concretizando a experiência de convivência familiar e comunitária a estes jovens. "Nós começamos a pensar formas alternativas de família. O que criamos é um programa que envolve um conhecimento de uma realidade familiar, uma vivência dentro de uma família que não é a da criança e que nem vai adotá-la. Então a criança vai passar alguns períodos, um dia da semana, finais de semana, onde vai conhecer uma realidade familiar diferente da sua ou uma realidade que ela sequer conheceu", diz o advogado Marcos Bochehin, um dos coordenadores do IAL.

Nos municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, como Gravataí, quem coordena o projeto é o Ministério Público Estadual (MPE). "No dia 5 de março eu recebi uma visita da coordenadora de programas e projetos do Amigos de Lucas e ela trouxe para nós a proposta dessa parceria. O programa existe há alguns anos com base em um termo de cooperação assinado em nível estadual. Para fazer funcionar na prática, precisamos ter a parceria de cada promotoria de Justiça nos âmbitos locais, trazendo a realidade de cada abrigo para dentro do termo de cooperação regional. E foi isso o que aconteceu aqui", afirma a promotora de Justiça de Gravataí, Tatiana Alster.

Oito dias depois, no dia 13 de março, o termo de cooperação entre o IAL e a promotoria de Gravataí foi assinado. O programa está na etapa de preparação dos futuros padrinhos, através de reuniões e oficinas. "Estamos em um período de estruturação. É preciso fazer um trabalho de preparação, não só das crianças, mas também dos padrinhos. Essas crianças que possuem uma história de vida permeada por desilusões e decepções. Se começarmos a aceitar todo e qualquer padrinho, até aquelas pessoas de coração mole que querem fazer algo para ajudar, mas que não estão preparadas para tanto, aquela família ou aquela pessoa pode criar mais uma expectativa para a criança e mais uma vez gerar uma decepção. Isso não pode acontecer. Esse programa é para proteger as crianças e não para criar mais um trauma", diz a promotora.

O município de Gravataí tinha até o início do ano apenas uma casa de abrigamento. Após a ocorrência de uma série de problemas, inclusive de abuso sexual, o sistema está tendo uma reformulação. "A promotoria, junto com a prefeitura, tem trabalhado para fazer um reordenamento do processo de abrigagem. Atualmente não temos só a casa abrigo, já temos três abrigos residenciais. São pequenos locais, onde conseguimos separar aqueles que entram e saem do abrigo daqueles que já têm uma situação mais consolidada, que não tem mais vínculos com a família de origem, e são essas as crianças e adolescentes que são o foco do apadrinhamento", ressalta.

Tatiana destaca o fato de o apadrinhamento não ser um projeto destinado para aquelas crianças que entram no abrigo, ficam pouco tempo e saem, e sim para aqueles que perderam todo o contato com a família de origem, e não tem mais perspectiva nenhuma de voltar para casa. "O apadrinhamento afetivo, que não é um processo de adoção e isso tem de ficar claro, veio para dar um ponto de referência fora da casa abrigo. O foco são as crianças que não têm mais a possibilidade de serem colocadas em uma família substituta e ocorre quando já foi consultada toda a lista do cadastro de adoção e não tem ninguém que queira. A criança precisa de uma família que diga não, que imponha limites. E é isso que o apadrinhamento faz. O papel do padrinho também é educar. Fazer aquele jovem se encaixar na rotina familiar e não o contrário", diz.

Cuidados na seleção dos padrinhos são indispensáveis

Um dos principais cuidados que o programa de apadrinhamento afetivo tem é o de não criar falsas expectativas de uma possível futura adoção na criança ou no adolescente apadrinhado. Em razão disso, não é aceita a participação de pessoas que estão habilitadas e fazem parte do cadastro para adoção.

"O cuidado na escolha dos padrinhos é essencial, na medida em que não podemos dissociar essa escolha de um problema muito grande que são os pedófilos. Essa é uma das razões pela qual há uma série de etapas de avaliação dos padrinhos. Às vezes se diz, ‘nossa, quanta burocracia!', mas não é. Sabemos que existem pessoas que têm essa atração sexual por crianças. O pedófilo, muitas vezes, é um supermarido, um superpadrasto, um superpai. Então temos de ter muito cuidado. Isso também pode vir a acontecer. É uma exceção, mas não podemos esquecer que existe", ressalta a promotora Tatiana Alster.

Oficialmente, o programa teve início em Gravataí no dia 8 de junho. Somente na primeira semana, 10 candidatos a padrinhos já haviam se inscrito. Até agora são mais de 40. No último levantamento realizado, 28 crianças e adolescentes já haviam sido selecionados para participar.

Para a promotora, por mais que se deva levar em consideração o desejo dos pais biológicos e parentes, em primeiro lugar, tem de se pensar no jovem. "Eu acho que não se pode ficar dando chance, chance e chance para os pais. Eu sou muito pró-criança, pró-adolescente. Os pais têm de ter consciência de valorizar o filho que tiveram. Nós temos uma longa lista de pessoas interessadas em realizar a adoção. Na nossa última contagem, o número já estava quase ultrapassando o de 100 casais ou pessoas interessadas", afirma.

A especialista destaca, porém, que o fato de uma mãe dar um filho para a adoção não significa que ela não o ama. "Na minha visão, uma mãe que entrega seu filho para a adoção não deixa de estar praticando um ato de amor. Justamente por amar demais aquele filho, ela reconhece que não tem condições de cuidar bem dele e quer entregá-lo para uma outra família, para essa criança ser bem cuidada. Isso é um ato de amor", observa.

Os olhos de Tatiana brilham enquanto discorre sobre o trabalho realizado com crianças e adolescentes. "Eu sou apaixonada pela profissão, por ser promotora de Justiça. O nome já diz, o promotor de Justiça busca promover a Justiça. E na infância mais ainda. No crime, por exemplo, geralmente o promotor acusa. Na infância não. Na infância o MP, o Judiciário, a casa abrigo, os governos, estão todos de um lado só: a favor dos jovens. Esses programas devem ser incentivados e com a ajuda do Ministério Público há mais organização, pois a comunidade tem mais respeito pelas coisas quando elas passam pelo MP e pelo Judiciário. Trabalhar com a infância é um desafio. Mas, se a cada dez casos nós tivermos um positivo, o trabalho terá valido a pena", enfatiza.

beijinhosss

10 comentários:

Fran disse...

Oi Letícia,

Sou Francine do Mâes Mothernas. Fiquei muito interessada no seu blog pois tenho vontade de adotar uma criança. Meu filho completou 1 ano agora. Sempre disse que se não tivesse gêmeos de primeira, que adotaria o segundo. Mas amei ficar grávida e agora isso virou um dilema pra mim. Estou pensando bastante nesse assunto... Mas como não penso em outro filho antes do Gabriel completar 2 anos, vou pensando com calma e seguindo seu blog.

Bjs,

P.S.: Estou colocando seu link lá no nosso blog. Se quiser, "linka" a gente aqui tb.

Fernanda Benitez disse...

Oi Fran,

Tenho uma idéia para esta sua indecisão hehehehehe engravida de um e adota outro, que tal??? rsss

Isso, vai lendo o blog tem muita coisa aqui, praticamente tudo que você precisa para amadurecer a idéia da adoção ou chegar a conclusão que ainda não é o seu momento, ou ainda que adoção definitivamente não é para vc.

Adoção tem que ser bem pensada e consciente.

Vou linkar vcs aqui sim

beijinhos no coração e volte sempre

disse...

Amigaaaa, obrigada de coração!!!! Te adoro|!!!!
Bjsssss

Queli disse...

adorei o blog até linkei vc.

Fernanda Benitez disse...

Lê tb adoro vc amiga.

Queli seja bem vinda e obrigada pelo link.

Volte sempre

beijinhosssssss

Cintia Liana disse...

Letícia, o Estado deveria investir mais nisso, já que deixa crianças esquecidas em abrigos, à espera por uma família.
A nova lei diz que só podem ficar 2 anos, no máximo, abrigadas. Eles pensam que 2 anos são dois dias? Para a criança em desenvolvimento isso é uma eternidade!
O apadrinhamento é importante, as crianças necessitam muito de apoio, atenção,um abraço, saber que tem alguém fora do abrigo que se importe com ela. Isso diminue a sensação de desamparo e abandono e cria maiores possibilidades de esperança.
Os padrinhos se empenham na medida em que podem e também enriquecem mais suas vidas com a presença das crianças.
Muito boa iniciativa.

Anônimo disse...

Olá letícia!Por gentileza gostaria de saber como faço para me informar sobre o apadrinhamento afetivo.Moro em Itu-São Paulo.Gostaria de saber o endereço ou sites de alguns locais pois, já procurei na net e nada.Meu email é: priscilagentil@terra.com.br
Fico no aguardo de uma possível resposta, obrigada.bjzzzzzzzzz

Anônimo disse...

ACHO MUITO BOM A IDEIA DE APADRINHAMENTO , POIS SERIA UM CAMINHO MAIS CURTO PARA UMA POSSIVEL ADOÇÃO JÁ QUE AS LEIS SÃO MUITOS SEVERAS PARA VOCÊ ADOTAR EM NOSSO PAIS.O PROGRAMA DE APADRINHAMENTO É BOM PORQUE VOCÊ VAI CRIANDO UM VINCULO COM A CRIANÇA E ISSO PODE VIR A SER UMA POSSIVEL ADOÇÃO.ACHEI INTERESSANTE AS EXPLICAÇÕES AKI DADAS , MAS TENHO AINDA ALGUMAS DÚVIDAS.NO PROCESSO DE APADRINHAMENTO É POSSÍVEL ESCOLHER UMA CRIANÇA PELO HISTORICO FAMÍLIAR , OU SEJA QUE NÃO TENHA MAIS VINCULO OU QUE REALMENTE TENHA SIDO ABANDONADA PELOS PAIS BIOLOGICOS? PODEM ESTES TENTAR OBTER SUA GUARDA ? POIS CREIO QUE ASSIM COMO A CRIANÇA A SER AMPARADA POR PADRINHOS AFETIVOS CRIAM ESPECTATIVAS DE ADOÇÃO, OS PADRINHOS TBEM CRIAM LAÇOS.COMO PROCEDER NESTES CASOS ? CONHEÇO MUITAS PESSOAS QUE GOSTARIAM DE ADOTAR POR NÃO TEREM FILHOS,OU POR TEREM ALGUM PROBLEMA,OU PORQUE NÃO QUERIAM SER MÃES SEM TEREM CONDIÇÕES SOLIDAS , MAS QUE NÃO CONSEGUEM PELA BUROCRACIA QUE EXISTE INFELIZMENTE. E QUANTO MAIS AS LEIS DEMORAM A SER MUDADAS,MAIS TEREMOS CRIANÇAS SEM LAR , POIS TODOS QUEREM ADOTAR CRIANÇAS QUE AINDA SÃO BEBÊS , AI VÊM TODA UMA BUROCRACIA E QUEM FICA PREJUDICADA NESSA HISTORIA É A CRIANÇA QUE CRESCEU E DIMINUI SUA EXPECTATIVA DE ADOÇÃO , CREIO QUE A CULPA DE TER TANTAS CRIANÇAS COM IDADES FORA DE POSSIBILIDADES DE SER ADOTADAS EM ABRIGOS,FORA OS QUE JÁ CHEGAM LÁ JÁ JOVENS, SEJA CULPA DE NOSSOS GOVERNATES ,QUE NÃO MUDAM AS LEIS .ACHO QUE ESSA CAMPANHA DE APADRINHAMENTO ESTA SENDO BEM VINDA PARA DAR UM OUTRO RUMO A ESTA DURA REALIDADE . ABRAÇOS !!!

Unknown disse...

Olá letícia!Por gentileza gostaria de saber como faço para me informar sobre o apadrinhamento afetivo. Tenho um enorme interesse.Moro em Brasília. Gostaria de saber o endereço ou sites de alguns locais pois, já procurei na net e nada.Meu email é: milleness@gmail.com
Fico no aguardo de uma possível resposta, obrigada.bjzzzzzzzzz

Fernanda Benitez disse...

Olá Milene Souza, em qualquer Comarca , você se dirija a Vara da Infância e Juventude da sua cidade e lhe informarão corretamente como eles procedem, importante lembrar que vc seja maior de idade!! Beijinhos da amiga Fernanda Benitez.

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