Pessoal recebi um texto muito carinhoso da Advogada Dália Tayaguara, que faz um relato muito esclarecedor sobre adoção homoafetiva, gostaria de compartilhar com todos este lindo presente ao nosso blog, abraços queridos e saborem esta leitura!!!!
Adoção por Iguais
Muito
se escuta falar sobre adoção por iguais, carinhosamente chamada de adoção homoafetiva
e quando o tema e este consequentemente se levantam vozes dizendo em alto e bom
tom que “não é certo”; que “não é correta”.
Esta
afirmativa acaba por gerar em ouvidos desavisados novos questionamentos
preconceituosos por não verem esta configuração como um núcleo familiar.
Dentro
de uma lógica o que deixa um casal homossexual sem condições de criar, cuidar,
zelar, amar, proteger, amparar uma criança? Será a orientação sexual
dificultaria estes atos? O que vai de uma pessoa um bom pai ou uma boa mãe?
Porque
essas vozes insistem em se levantar para dizer que “não é certo?”, o que é
certo então? Deixar essas crianças eternamente em uma Instituição de
Acolhimento até atingir a maior idade? Porque negar a esta criança o convívio
familiar, comunitário e social? Tudo em nome da moral e dos bons costumes? Qual
moral? Quais bons costumes?
Moral
e deixar de cuidar e proteger uma criança? Bons costumes e deixar de amar e
zelar por uma criança? Qual na verdade é o argumento real para que pessoas
embasadas puramente em pré conceitos dizem que “não é certo” um casal
homossexual adotar criança.
Estes
que se proclamam Senhores dos bons costumes e da boa moral não se dão ao
trabalho de conhecer de perto estas famílias novas, não procuram saber qual era
a vida da criança antes de serem adotados, não procuram saber como estão essas
crianças após a adoção, não procuram saber que essas crianças entram em uma
família completa, com tios, avós, primos, amigos, vizinhos, bichos, vida social
e outras coisas.
Se
ao invés de ficarem dizendo “não é certo” e começarem a se dar ao trabalho de
observar o quanto bem um faz a vida do outro poderiam ajudar a buscar famílias
para as demais crianças que ainda estão Institucionalizadas.
A
frase “não é certo” e injusta, cruel, pré-conceituosa, pois não tentam alcançar
o que é adoção, como funciona este processo e sua dinâmica para ter uma família
o quão e alegre e prazeroso a chegada deste filho.
Estas
mesmas vozes que gritam que “não é certo” deveriam lembrar de um pequeno
detalhes os homossexuais não são sozinhos, ou excluídos como acreditam, pois os
mesmo pertencem a um núcleo que e composto de mães, pais, irmãos, tios, primos,
amigos e vizinhos e com a adoção da criança este entorno passar a fazer parte
da vida e rotina desta criança.
Essas
mesmas vozes são cruéis e egoístas, pois sustentam um discurso de que e
preferível que essas crianças permaneçam nas Instituições de Acolhimentos, onde
ficam relegadas a viveram sem uma família que as amem, as cuidem, as protejam até
a maior idade ao ter uma família considerada por eles como “não normal”, como
“aberração” ou algo do tipo.
O
que é normal? O que é aberração? Normal e a criança ter o direito de viver em
família não sendo possível na de origem que seja em uma família substituta, ou
chamada família adotiva sendo esta família formada ou não por casais
homossexuais, pois não e a orientação que ira determinar se é capaz de ser pai
ou mãe.
De
acordo com algumas dessas vozes o correto a criança ser criada pelo pai e pela
mãe, (família natural) e quando não se sabe quem é o pai, como fica? E quando
esta família não apresenta condições de cuidar desta criança? E quando esta
mesma família não deseja a criança?
Um
outro ponto que essas vozes dizem que uma criança criada por homossexuais
estariam tendo um falso conceito do que vem ser uma família. Então o que é
família? De acordo com um dos vários conceitos existente família é “unidade básica da sociedade formada por
indivíduos com ancestrais em comum ou ligados por laços afetivos”, sejam
que não apontam sexo, cor, credo ou raça, sendo assim como poderia a criança
estar tendo um conceito errado do que vem a ser família?
Essas
vozes devem começar a refletir seus conceitos e ver o quão estão bem às
crianças que já foram adotas.
Viva
a adoção por iguais e se você que leu este texto tem o desejo de constituir com
sua cara metade uma família com prole, siga seu desejo e tenha a alegria de um
riso infantil no seu lar e na sua vida, adoção é um ato de amor incondicional e
não deixem que lhe digam que não e certo.
*Dália Tayguara
Advogada
Coordenadora do Grupo de Apoio a
Adoção Famílias Contemporâneas
E-mail: gaa.fcontemporanearj@gmail.com
Querida Dália Tayguara, tenho certeza que este texto derruba os velhões padrões estabelecidos pela sociedade em termos de "família",obrigada por sua atitude adotiva e tão humana em dividir conosco algo tão verdadeiro, que todos os nossos queridos abrigados possam receber o amor e o carinho de nossas famílias!!! Esta reflexão é muito importante para todos !!!!
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