Olha neste dia de chuva aqui no Sul, nada melhor que receber um depoimento tão verdadeiro da minha querida amiga Giselle Dutra e família, a Gi para quem não sabe foi uma das pessoas que mais me inspirou na causa adoção, mesmo ela lá no Espírito Santo e eu aqui em Santa Catarina, continuamos unidas e amigas, que só o verdadeiro amor de Deus pode explicar!! Estou realmente emocionada,e compartilho com vocês está linda atitude adotiva de Giselle e João. Amo de mais vocês ,família amada!!!!
As “primeiras vezes” na adoção tardia – Por Giselle Dutra
Muitas pessoas dizem que ao adotar
crianças maiores, perdemos muitos momentos importantes, que não estivemos por
perto nas primeiras vezes…
… primeiras palavras.
… primeiros dentinhos.
… primeiros passos.
No entanto, quantas outras “primeiras
vezes” presenciamos?
Giselle e Elaine – de pés ficados na areia mas viajando em pensamento.
Momentos não menos importantes que
aqueles do início da vida.
Em conversa com amigas que
encontraram seus filhos com “mais idade”, lindas e lindas histórias são
partilhadas, como essa:
“A N. tinha medo de escada rolante…Imagina uma
menina de 15 anos
grudada no meu braço todas as vezesq iamos andar na
escada rolante???…..
Chega a ser engraçado, ne???É muito gostoso
apresentar o mundo pra eles, ne???
R.”(Depoimento
real transcrito na íntegra.)
É isso!
A maternidade aconteceu…
Família
Dutra Costa
Aconteceu para quem não teve medo de
reconhecer os filhos, agarrá-los e trazê-los para casa.
Aconteceu para quem enxergou Marcelo,
Carol, Pedro, Márcia, e não um menino abrigado ou uma menina abrigada…
Tem acontecido a cada dia que
compartilhamos um mundo de novas sensações ao lado dos nossos filhos amados,
sejam eles com 5, 8, 12 ou 15 anos…
Kauã
vive cada momento intensamente.
Meus filhos, que nasceram para nós
com 3 e 10 anos, nunca haviam viajado, nunca haviam experimentado frutas
diversas, descobriram conosco lugares novos, sabores diferentes, estão
descobrindo o gosto pelas artes ou pelos esportes, o primeiro dia de aula na
escola nova da nossa vida nova e, principalmente, emoções que vivenciamos
juntos e pela primeira vez um com o outro, como a primeira vez que disseram
“mãe” e meu coração, aos pulos, queria gritar de alegria, mas tive que me
conter, fingindo ser a coisa mais natural do mundo senão minha filha ficaria
ainda mais tímida, já que, para ela, esse passo foi extremamente importante
para superar muita coisa da sua história.
“Estão aí as
“primeiras vezes” que todo mundo diz que nunca teremos…rsrs!
É realmente
gratificante e enche o coração de alegria e amor
proporcionar novas
experiências pra eles
e ver a alegria,
surpresa e expectativa nos olhinhos deles.
Beijos,
C.” (Depoimento
real transcrito na íntegra.)
Costumo dizer que já vivenciamos e
ainda vamos viver muitas coisas lindas juntos e pela primeira vez… e isso
ninguém vai tirar de nós!
Vem ai o primeiro amor, as
formaturas, as escolhas e as conquistas profissionais… haja coração!!
Momentos realmente
inesquecíveis..
Certa vez, li um depoimento bem
realista que dizia, “a adoção tardia tem várias fases, do encantamento as fases
de teste. Não esperem sininhos e violinos…”. De certa forma, ela está certa, pois
é o encontro de histórias, de vidas, que não se constituiram juntas. Precisam
se descobrir e se entregar totalmente umas às outras para que dê certo. Ora os
pais precisam ceder, ora os filhos precisam ceder.
No entanto, penso que essa fase pode
ser mais leve e delicada. Uma amiga fez um lindo vídeo para as filhas que
encontrou com idades entre 7 e 9 anos. Ela colocou essa música linda da Adriana
Calcanhoto. Me senti profundamente tocada por ela, pois é exatamente assim que
a adoção tardia vai se configurando. Não posso publicar o vídeo dela mas
encontrei um vídeo com a música.. linda, linda!!!
Não espere sininhos e violinos,
mas também não espere testes crueis…
deixe acontecer.
“Aconteceu quando a gente não
esperava
Aconteceu sem um sino pra tocar
Aconteceu diferente das histórias
Que os romances e a memória
Têm costume de contar
Aconteceu sem que o chão tivesse
estrelas
Aconteceu sem um raio de luar
O nosso amor foi chegando de mansinho
Se espalhou devagarinho
Foi ficando até ficar
Aconteceu sem que o mundo agradecesse
Sem que rosas florescessem
Sem um canto de louvor
Aconteceu sem que houvesse nenhum
drama
Só o tempo fez a cama
Como em todo grande amor”
About these ads
Sem palavras,só sentimentos bons e gratidão por ter conhecido você minha querida amiga Giselle!!!!
2 comentários:
Nossa, Fernanda, me identifiquei totalmente com essa postagem! Amanhã fará um mês que meus filhos chegaram, um tem 7 e outro 8 anos. E eu vejo que eles não vivenciaram tanta coisa! As "primeiras vezes" são diferentes daquelas que as pessoas passam com bebês, mas são muito especiais! Tanto é que eu até criei um blog para relatar algumas dessas vivências, o "mamãe sem manual de instruções" (http:mamae-sem-manual.blogspot.com.br).
Lógico que tem as partes difíceis, mas me sinto profundamente realizada, meus filhos são tudo pra mim!
Um beijo e parabéns pelo seu blog, gostei muito!
Elaine
Querida Elaine Cristina Serrano Pirolo, obrigada pelo carinho, a Gisele Dutra é uma grande amiga e um grande exemplo de determinação, fico muito feliz em saber que você se identificou com a história de Gi e de seus filhos amados, visitarei seu blog também e gostaria muito de um relato seu aqui no nosso blog!!!
parabéns á vc por estar tão feliz com seus filhos tão esperados e amados!
Abraços Fraternos, Fernanda Benitez.
Postar um comentário