segunda-feira, 26 de agosto de 2013

As "primeiras Vezes" na adoção tardia- Por Giselle Dutra

Olha neste dia de chuva aqui no Sul, nada melhor que receber um depoimento tão verdadeiro da minha querida amiga Giselle Dutra e família, a Gi para quem não sabe foi uma das pessoas que mais me inspirou na causa adoção, mesmo ela lá no Espírito Santo e eu aqui em Santa Catarina, continuamos unidas e amigas, que só o verdadeiro amor de Deus pode explicar!! Estou realmente emocionada,e compartilho com vocês está linda atitude adotiva de Giselle e João. Amo de mais vocês ,família amada!!!!



As “primeiras vezes” na adoção tardia – Por Giselle Dutra
Muitas pessoas dizem que ao adotar crianças maiores, perdemos muitos momentos importantes, que não estivemos por perto nas primeiras vezes…
… primeiras palavras.
… primeiros dentinhos.
… primeiros passos.
No entanto, quantas outras “primeiras vezes” presenciamos?


Giselle e Elaine – de pés ficados na areia mas viajando em pensamento.
Momentos não menos importantes que aqueles do início da vida.
Em conversa com amigas que encontraram seus filhos com “mais idade”, lindas e lindas histórias são partilhadas, como essa:
“A N. tinha medo de escada rolante…Imagina uma menina de 15 anos
grudada no meu braço todas as vezesq iamos andar na escada rolante???…..
Chega a ser engraçado, ne???É muito gostoso apresentar o mundo pra eles, ne???
R.”(Depoimento real transcrito  na íntegra.)
É isso!
A maternidade aconteceu…
Família Dutra Costa
Aconteceu para quem não teve medo de reconhecer os filhos, agarrá-los e trazê-los para casa.
Aconteceu para quem enxergou Marcelo, Carol, Pedro, Márcia, e não um menino abrigado ou uma menina abrigada…
Tem acontecido a cada dia que compartilhamos um mundo de novas sensações ao lado dos nossos filhos amados, sejam eles com 5, 8, 12 ou 15 anos…
Kauã vive cada momento intensamente.
Meus filhos, que nasceram para nós com 3 e 10 anos, nunca haviam viajado, nunca haviam experimentado frutas diversas, descobriram conosco lugares novos, sabores diferentes, estão descobrindo o gosto pelas artes ou pelos esportes, o primeiro dia de aula na escola nova da nossa vida nova e, principalmente, emoções que vivenciamos juntos e pela primeira vez um com o outro, como a primeira vez que disseram “mãe” e meu coração, aos pulos, queria gritar de alegria, mas tive que me conter, fingindo ser a coisa mais natural do mundo senão minha filha ficaria ainda mais tímida, já que, para ela, esse passo foi extremamente importante para superar muita coisa da sua história.
“Estão aí as “primeiras vezes” que todo mundo diz que nunca teremos…rsrs!
É realmente gratificante e enche o coração de alegria e amor
proporcionar novas experiências pra eles
e ver a alegria, surpresa e expectativa nos olhinhos deles.
Beijos,
C.” (Depoimento real transcrito na íntegra.)
Costumo dizer que já vivenciamos e ainda vamos viver muitas coisas lindas juntos e pela primeira vez… e isso ninguém vai tirar de nós!
Vem ai o primeiro amor, as formaturas, as escolhas e as conquistas profissionais… haja coração!!
Momentos realmente inesquecíveis..
Certa vez, li um depoimento bem realista que dizia, “a adoção tardia tem várias fases, do encantamento as fases de teste. Não esperem sininhos e violinos…”. De certa forma, ela está certa, pois é o encontro de histórias, de vidas, que não se constituiram juntas. Precisam se descobrir e se entregar totalmente umas às outras para que dê certo. Ora os pais precisam ceder, ora os filhos precisam ceder.
No entanto, penso que essa fase pode ser mais leve e delicada. Uma amiga fez um lindo vídeo para as filhas que encontrou com idades entre 7 e 9 anos. Ela colocou essa música linda da Adriana Calcanhoto. Me senti profundamente tocada por ela, pois é exatamente assim que a adoção tardia vai se configurando.  Não posso publicar o vídeo dela mas encontrei um vídeo com a música.. linda, linda!!!
Não espere sininhos e violinos,
mas também não espere testes crueis…
deixe acontecer.

“Aconteceu quando a gente não esperava
Aconteceu sem um sino pra tocar
Aconteceu diferente das histórias
Que os romances e a memória
Têm costume de contar
Aconteceu sem que o chão tivesse estrelas
Aconteceu sem um raio de luar
O nosso amor foi chegando de mansinho
Se espalhou devagarinho
Foi ficando até ficar
Aconteceu sem que o mundo agradecesse
Sem que rosas florescessem
Sem um canto de louvor
Aconteceu sem que houvesse nenhum drama
Só o tempo fez a cama
Como em todo grande amor”
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Sem palavras,só sentimentos bons e gratidão por ter conhecido você minha querida amiga Giselle!!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, Fernanda, me identifiquei totalmente com essa postagem! Amanhã fará um mês que meus filhos chegaram, um tem 7 e outro 8 anos. E eu vejo que eles não vivenciaram tanta coisa! As "primeiras vezes" são diferentes daquelas que as pessoas passam com bebês, mas são muito especiais! Tanto é que eu até criei um blog para relatar algumas dessas vivências, o "mamãe sem manual de instruções" (http:mamae-sem-manual.blogspot.com.br).
Lógico que tem as partes difíceis, mas me sinto profundamente realizada, meus filhos são tudo pra mim!

Um beijo e parabéns pelo seu blog, gostei muito!
Elaine

Fernanda Benitez disse...

Querida Elaine Cristina Serrano Pirolo, obrigada pelo carinho, a Gisele Dutra é uma grande amiga e um grande exemplo de determinação, fico muito feliz em saber que você se identificou com a história de Gi e de seus filhos amados, visitarei seu blog também e gostaria muito de um relato seu aqui no nosso blog!!!
parabéns á vc por estar tão feliz com seus filhos tão esperados e amados!
Abraços Fraternos, Fernanda Benitez.

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