Olá Amigos!!!
Aqui está a segunda e última parte como havia prometido.
Estou preparando outra matéria especial, acho que vocês vão gostar, aguardem!!!
Filhos adotados de seis a sete anos de idade
Na faixa dos 6 aos 7 anos, a criança pode diferenciar entre adoção e nascimento como modos alternativos de formar uma família. Em outras palavras, reconhece que, ainda que todos entrem no mundo da mesma maneira, pelo nascimento, a maioria dos membros da família o fazem nascendo dentro dela.
Também reconhece que ser adotado significa ter dois pais distintos (“os que me conceberam e os que me acolheram e educaram”).
As crianças começam a perguntar sobre sua mãe biológica; as perguntas sobre seus pais biológicos podem vir um pouco mais tarde. Este é um bom momento para mostrar-lhes fotografias, cartas ou recordações de seus pais biológicos. Se não sabem as respostas às suas perguntas, ou se a história envolve um passado complexo ou penoso, responda com “talvez” evasivos, reafirmando o valor das pessoas envolvidas e a dificuldade de sua situação, enquanto reafirma o valor das pessoas envolvidas e a dificuldade de sua situação antes de “encontrar” seu filho.
Permita que pense sobre o tema, inclusive que fantasie sobre seus pais biológicos, induzindo seu filho a aceitar seu papel na família e a desenvolver um grau positivo de auto-estima. Suas curiosidades podem derivar de temores sobre temas como que seus pais biológicos apareçam para reclamá-lo, por exemplo; por isso é tão importante que comprove que ele compreenda bem o processo e a razão de sua adoção.
O silêncio e a evasão possivelmente farão com que a criança pense que há algo errado em suas origens e consequentemente, que há algo mal nele. A alternativa é dizer-lhe a verdade do que passou; isto pode ser muito duro tanto para os pais como para o filho, já que no fundo existe uma verdade difícil de aceitar. Mas é mais danoso não dizê-lo, já que a criança percebe mistério, inquietude e silêncio sobre o tema sobre seus pais biológicos e de sua origem.
Esta distinção entre nascimento e adoção é muito importante, é a base de um significado e entendimento mais profundo que emergerá mais adiante. As crianças em idade escolar aumentam sua capacidade para solução de problemas. O desenvolvimento do pensamento lógico, aumento de sensibilidade ao ponto de vista dos outros, e experiência na sala de aula, contribui para este processo. A criança adotiva em idade escolar, pela primeira vez faz um esforço espontâneo para considerar seriamente as circunstâncias que rodeiam seu nascimento.
Por mais que os pais adotivos tentem, será difícil evitar que seus filhos tenham sentimentos de perda e aflição que inevitavelmente irão sentir. No entanto, poderão ajudá-los a superarem estas situações difíceis, entendendo seus sentimentos.
Naqueles casos em que seu filho requeira alguma informação que não esteja em seu poder, ofereça-lhe ajuda para encontrá-la. Um entendimento precoce que emerge sobre a família complica seus sentimentos sobre ser adotivo. Crianças pequenas, geralmente menores de 7 anos, definem a família primariamente em termos geográficos: sua família está composta pelas pessoas que vivem em casa. Não vêem a conexão biológica como necessária para ser membro familiar. Isto significa que as crianças pequenas aceitam facilmente a afirmação de seus pais adotivos, que são parte da mesma família e assim vai ser para sempre.
Filhos adotados de sete a oito anos de idade
Perto dos 7 ou 8 anos, a criança começa a reconhecer que a família normalmente se define em termos de relações consanguíneas. Sendo assim, não tem vinculação biológica com seus pais adotivos, mas sim com seus pais biológicos (e possivelmente irmãos biológicos), em alguma parte, e aqui algumas crianças podem começar a expressar confusão sobre seu lugar como membro da família...
Além disso, este período se caracteriza pelo desenvolvimento da lógica recíproca. Com respeito à adoção, o desenvolvimento da lógica recíproca ajuda a sensibilizar a criança no assunto do abandono. Para as crianças jovens, os pais adotivos falam sobre a adoção enfatizando seu desejo de ter um filho e construir uma família.
A criança, à medida que a história avança, necessita de um lar, e os pais adotivos os escolheram para ser parte da nova família. O que usualmente não se discute é porque a criança precisava de um lar.
Uma vez que a criança entra num período de pensamento lógico, percebe-se que para haver sido escolhida, primeiro teve que saber que veio de algum lugar, o que significa que foi abandonada. Durante esse tempo, a criança começa a entender a adoção não só em termos de construção familiar, mas também em termos de perda familiar.
Filhos adotados de nove a doze anos de idade
Entre 9 e 12 anos, as crianças têm uma compreensão mais profunda do que significa o processo adotivo. Talvez aflore nesta época os primeiros sinais prematuros de tristeza ou peso, à medida que as crianças comecem a resolver problemas, estabelecer prioridades e buscar relações. É também nestes momentos que começam a ver o lado público da adoção e a compreender que, socialmente, são diferentes de seus amigos, ainda que não compreendam bem porque esta diferença deve importar.
As crianças estão mais capacitadas para processar informação embaraçosa sobre sua adoção que quando chegam à adolescência. Se a história de seu filho inclui situações desagradáveis, no entanto, converse e compartilhe com ele as situações sem emitir juízos sobre elas.
Filhos adotados adolescentes
Entre 13 e 15 anos é muito comum que seu filho adolescente não queira relacionar-se com seus pais biológicos nem com os adotivos. É uma época particularmente difícil para a maioria dos jovens, na qual desejam assimilar-se ao seu meio e não ser diferenciados por alguma característica, seja esta qual for.
A partir dos 16 anos, como sucede com a maioria dos jovens, os adolescentes adotados estão constantemente tratando de descobrir como se encaixam no mundo que os rodeiam, como procurando estabelecer sua própria independência. Frequentemente, é um período em que mostram um inusitado interesse pelos temas da adoção e por obter informações sobre sua família biológica.
À medida que os adolescentes se desenvolvem sexualmente, começam a analisar as diferentes opções que seus pais tinham, e muitas vezes julgam suas ações e decisões.
Também lutam constantemente por buscar seu próprio equilíbrio entre as influências genéticas e as do meio ambiente.
Guia da adoção de filhos
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