quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Psicologia da Adoção

Olá Amigos!!!

Amei esse texto e posto aqui como contribuição da minha querida amiga, mais que virtual, Ana Passos. A Ana acabou de fazer um blog também e tenho certeza que será um sucesso, pois ela escreve muito bem, ou melhor, escreve com a alma!!

Visitem o blog da Ana: http://hasempreumcaminho.blogspot.com/

adoção

Marcia Fuga*

A GESTAÇÃO EMOCIONAL DO FILHO ADOTIVO

Na maioria dos casos, a decisão de adotar uma criança decorre da impossibilidade de ter filhos biológicos. Essa impossibilidade pode ser do casal, ou exclusivamente de um deles. Um filho traz a sensação de valorização, a oportunidade de produzir coisas boas, de poder trocar afeto.

Quando o casal começa a conversar sobre a possibilidade de adotar uma criança, sobre as vantagens e dificuldades dessa atitude neste momento de suas vidas, eles passam a viver a etapa chamada de Gestação Emocional da adoção.

No decorrer desta espera que pode durar dias, meses, anos a ansiedade dos pais quanto ao aspecto físico da criança (sexo, cor de olhos e da pele, peso, etc.) e suas características emocionais, envolve as conversações entre os pais. Os temores quanto a herança biológica: doenças, mal formações; também fazem parte deste período.

Assim, o tempo que levaram desde o início da idéia de adoção até o seu florescimento (buscar a criança), corresponde a uma verdadeira gestação.

O momento de buscar a criança para trazê-la para casa eqüivale (sic) emocionalmente ao Parto: a expectativa de como será este encontro, como a criança é, como reagirá, desperta muita ansiedade. Nesta ocasião, que será de grande emoção, os pais poderão ter reações as mais diversas e confusas, tais como medo, insegurança, alegria, esses sentimentos também permeiam o universo dos pais biológicos quando têm seus filhos.

O Puerpério, período que dura mais ou menos 45 dias e corresponde ao pós-parto, é acometido de múltiplas emoções na qual a adaptação da criança aos pais se dá. Ao levar a criança para casa, os pais começam a praticar os cuidados com a criança, ou seja, alimentação, fraldas, troca de roupas, banho, etc. Durante esses cuidados diários a criança começa a adquirir o sentimento de pertencer àquela família, assim como os pais sentem que pertencem à ele. Todo esse manejo dá aos pais a sensação concreta que "criam" o filho, que ele é seu dependente e que precisa ser cuidado em tempo integral.

Nesse período, mais ainda quando o adotado é o primeiro filho do casal, os pais costumam sentir a responsabilidade de ter essa criança com eles, pode gerar dúvidas quanto ao erro ou acerto de tê-la adotado; pensam se vão sair-se bem nesta função, se são suficientemente bons, se estão preparados. Mas é também um período em que a vinculação entre pais e criança se estreita, onde o medo do abandono existe nos dois lados. Então, o menor gesto da criança de buscar auxilio dos pais representa a aceitação, daí todas as dúvidas são dissipadas porque aquela criança os reconhece como pais e os cativa. Os pais pensam "Nem lembramos que ela é adotada". "Para a criança o contato com os pais adotivos torna-os as pessoas centrais de sua vida"

PROTEGENDO O SEGREDO

Os pais adotivos que já "nem lembram" que seu filho é adotado, podem começar a ter em mente se devem ou não contar ao filho sobre sua origem. As dúvidas giram em torno de como contar, porque contar, como e quando!

O melhor modo de contar sobre a adoção é ter esse tema como um assunto que é "ventilado" naturalmente pelos pais desde o início do relacionamento com o filho. Não fazer desse assunto um tabu, um segredo a ser protegido.

A curiosidade da criança se acentua aos 3 anos de idade quando ela pergunta sobre o mundo que a circunda. Perguntando se são adotadas. Têm necessidade de saber sobre a origem das coisas. Portanto, o período infantil é o mais propício para contar a verdade.

Os pais que desejam omitir do filho o fato de ser adotivo precisam lembrar que a criança tem o direito de saber sua origem e buscar informações a esse respeito. É uma necessidade existencial do ser humano.

"...a revelação tem que ser feita com muito amor, com muito carinho. Reuna-os, ore com eles e diga que gostaria muito que tivessem nascido dela, mas que Deus resolveu diferente."
(frase de Chico Xavier em Lições de Sabedoria por Marlene Nobre - FE)

Contar à criança que ela é adotada evitará que ela saiba por terceiros, de forma distorcida e equivocada. O importante é salientar que ela foi escolhida; que dentre todas as crianças os pais optaram por ela. Que o sentimento de amor por ela os cativou.

Mesmo tendo sido esclarecida sobre a adoção, a criança ainda perguntará inúmeras vezes sobre isso. Em todas as vezes deve-se manter o mesmo conteúdo de resposta, isto é, a resposta mais próxima da verdade.

É igualmente importante não expor aspectos negativos da família de origem, pois a tendência, quando se expõe os aspectos negativos, é a criança sentir-se desvalorizada, inferiorizada. Os adotantes podem responder: "Não sabemos porque sua outra mamãe não pode ficar com você mas acreditamos que ela gostaria muito de fazer isso. Agora você é nosso filhinho e nós te amamos muito."

O que devemos ter em mente é que a criança tem medo do abandono e os pais adotivos também têm.

(Lições de sabedoria - Marlene Nobre - FE)
*Psicóloga clínica com especialização em infância e adolescência, diretora de Psicologia do Pineal Mind Inst.de Saúde, Vice Presidente da ABRAPE

Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICÓLOGOS ESPÍRITAS - http://www.promaster.com.br/abrape

beijinhossss

7 comentários:

Tenho aroma até nos meus espinhos!! disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
cacau disse...

Bom dia querida!!!!

Estou seguindo tbm a Ana no blog.
Que lindo blog...realmente muito interessante e bem feito.
Beijos

Fernanda Benitez disse...

Olá amigas,

Tenho aroma, tb achei essa frase perfeita.

A Vida, a Ana é uma recente amiga, mas muito querida. Escreve muito bem, uma pessoa encantadora. E o melhor ela mora aqui, em breve nos conheceremos pessoalmente, se Deus quiser.

beijinhos no coração

Gabriela disse...

Hola soy Gabriela, argentina, madre adoptiva y no se como vine a dar con este blog y me encantó lo que leí, es muy interesante porque mi hija ya tiene 3 años y pronto empezará con las preguntas. Espero pasar esta prueba como lo vengo haciendo hasta ahora. Muchas gracias.

Anônimo disse...

tenho 2 filhos biologicos e 1 que adotamos, eu meu marido e meus filhos pois foram eles que nós deram o maior apoio.Mikael cheou em casa com 2 meses e e sempre falamos que ele e nosso filho adotado faço questão dele conhecer a mãe biologica dele e os irmão pois ja são grandes tambem e meus sobrinhos pois meu BB e filho do meu cunhado. convivemos bem com isso hoje ele tem 4 anos e e muito esperto amei ter adotado e quero adotar mais.bjs Lia Claudia

Anônimo disse...

EU NÃO ADOTEI, EU GANHEI UM PRESENTE DE DEUS...MEU FILHO,MINHA VIDA ! AMO,AMO,AMO TANTO QUE CHEGA A DOER, MEU FILHO VAI COMPLETAR EM AGÔSTO 23 ANOS, É LINDO E DAQUI HÁ UM ANO ELE SE FORMA EM DIREITO, MEU COMPANHEIRINHO DE JORNADA,MEU ANJO E MINHA VIDA !

Anônimo disse...

ola, ainda nao sou mae biológica e meu sonho sempre foi ter meu primeiro filho uma criança adotada carente deste amor que tenho a oferecer, estou no processo de adoção aguardando, mas me sinto feliz com esta espera pois já organizei a casa e minha vida para a chegada desta criança.

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